7 de agosto de 2007

Depois de muito tempo....voltei a reler alguns velhos escritos...precisei tomar muita coragem para isso. Talvez eles venham pra cá...talvez eu os jogue fora...talvez eu finja que nunca os escrevi...


13/11/05
...então assisto à tempestades, quando nos meus olhos ondas de águas amargas formam-se...assisto à dias horríveis de sol, quando tudo que vejo são ilusões de óptica e para as nuvens faltam forças para chorar...e eu assisto a mim...então percebo que preciso que alguém corroa minha alma...meus muros...desfaça esta ilusão inútil de abismo que me separa do mundo...e me faça parar com este choro eterno...esta necessidade de tristeza...esse calor artificial que sinto ao movimentar os dedos enxugando lágrimas...que alguém me tire de mim mesma...me confunda...me faça quebrar vasos, pratos, porta-retratos, as folhas das flores...me atormente...me invente uma lógica na qual querer estar fora de si não soe tão estranho...eu queria, por uma vez, sentir com a pele, com os olhos que tudo que está fora de mim não me é estranho...e quem me dera não precisar de alguém para isso...quem sabe eu poderia até me sentar, um dia, e calmamente ver meu café esfriar....


*O título do blog, assim como o breve texto depois dele, foram tirados de uma música da Madonna com o mesmo nome.